quarta-feira, 11 de julho de 2012

A sala chinesa


Algum dia conseguiremos verdadeiramente dizer que uma máquina é inteligente? O filósofo e acadêmico americano John Searle consegue.
Em 1980 ele propôs o experimento de pensamento chamado “A Sala Chinesa” para desafiar o conceito de uma forte inteligência artificial — e não por algum modismo de design oitentista.
Ele se imagina em uma sala fechada, com caixas cheias de caracteres chineses que ele não entende e um livro de instruções, que ele entende. Se alguém que fala chinês do lado de fora lhe passar mensagens por baixo da porta, ele poderá seguir as instruções do livro para selecionar uma resposta apropriada. A pessoa do lado de fora vai pensar que está falando com alguém fluente em chinês — apesar de ser um que não sai muito de casa –, quando na verdade é um filósofo confuso.
Agora, segundo Alan Turing, o pai da ciência da computação, se um programa de computador conseguir convencer um humano de que ele está falando com outro humano, então pode-se dizer que o programa está “pensando”. “A sala chinesa” sugere o pensamento de que, não importa o quão bem você programe um computador, ele não entende chinês, mas apenas simula este conhecimento. O que não é inteligência real.
Mas, até aí, humanos também nem sempre são tão inteligentes. ;-)

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